Autor(es): Leandro Penedo Manzoni ; Talita Delgrossi Barros
Até a Revolução Industrial, a madeira era uma das fontes primárias de energia mais importantes para a realização das atividades humanas. Após a Revolução Industrial, começa a ser substituída paulatinamente pelos combustíveis fósseis, que apresentam vantagens no transporte, manuseio e consumo em relação à madeira. Primeiramente pelo carvão mineral, na 1º Revolução Industrial. Depois, pelo petróleo e seus derivados, além da inserção da eletricidade como fonte de energia, na 2º Revolução Industrial. Além disso, a produção de energia a partir dessas novas fontes passa a ser um propulsor para o crescimento econômico, por constituir, também, uma atividade industrial complexa.
Atualmente, mais da metade da produção de madeira é destinada ao setor energético no mundo, principalmente em países em desenvolvimento. O consumo é realizado nas residências e no setor industrial, e é de extrema importância para as populações rurais, pois é utilizado para secagem, cozimento, fermentações de alimentos e produção de eletricidade.
No Brasil, a trajetória da madeira como fonte de energia é similar ao restante do mundo. Até 1971, momento do auge da industrialização brasileira, era a fonte primária mais utilizada, apresentando uma oferta de quase 32 milhões de toneladas equivalente de petróleo (tep). Foi ultrapassada pelo petróleo em 1972, e pela hidroeletricidade em 1978, e desde então, foi perdendo participação relativa na matriz energética (12,4% em 2008, sendo a quarta fonte mais utilizada), mas não em quantidades produzidas, que se manteve constante, apresentando em 2008 uma oferta um pouco acima dos 29 milhões de tep, embora tenha caído para 24 milhões em 2009 como consequência da recessão ocorrida no Brasil. Toda a produção é destinada ao mercado interno, não apresentando um quadro exportador.
Pela predominância do combustível fóssil na matriz energética mundial, a biomassa de origem florestal pode ser utilizada para compensar a tendência de altos custos para a oferta dos hidrocarbonetos, além de, dependendo da forma como é obtida a madeira, ser ambientalmente limpa e sustentável. A disponibilidade da madeira como uso energético é realizada de três formas: pelo desmatamento de florestas, geralmente associada à abertura de novos campos e à expansão da fronteira agrícola; pelo reflorestamento; ou pelo manejo sustentável de matas nativas.
Atualmente, mais da metade da produção de madeira é destinada ao setor energético no mundo, principalmente em países em desenvolvimento. O consumo é realizado nas residências e no setor industrial, e é de extrema importância para as populações rurais, pois é utilizado para secagem, cozimento, fermentações de alimentos e produção de eletricidade.
No Brasil, a trajetória da madeira como fonte de energia é similar ao restante do mundo. Até 1971, momento do auge da industrialização brasileira, era a fonte primária mais utilizada, apresentando uma oferta de quase 32 milhões de toneladas equivalente de petróleo (tep). Foi ultrapassada pelo petróleo em 1972, e pela hidroeletricidade em 1978, e desde então, foi perdendo participação relativa na matriz energética (12,4% em 2008, sendo a quarta fonte mais utilizada), mas não em quantidades produzidas, que se manteve constante, apresentando em 2008 uma oferta um pouco acima dos 29 milhões de tep, embora tenha caído para 24 milhões em 2009 como consequência da recessão ocorrida no Brasil. Toda a produção é destinada ao mercado interno, não apresentando um quadro exportador.
Pela predominância do combustível fóssil na matriz energética mundial, a biomassa de origem florestal pode ser utilizada para compensar a tendência de altos custos para a oferta dos hidrocarbonetos, além de, dependendo da forma como é obtida a madeira, ser ambientalmente limpa e sustentável. A disponibilidade da madeira como uso energético é realizada de três formas: pelo desmatamento de florestas, geralmente associada à abertura de novos campos e à expansão da fronteira agrícola; pelo reflorestamento; ou pelo manejo sustentável de matas nativas.
A utilização da madeira como energia pode ser feita diretamente pela queima da madeira, ou pela queima de resíduos da exploração florestal e pelo aproveitamento de óleos essenciais na produção de carvão vegetal, como alcatrão e ácido pirolenhoso. É consumida na agropecuária e em vários ramos industriais, principalmente na siderurgia com o carvão vegetal. Ademais, tem o potencial de aumentar sua participação na matriz energética brasileira, como:
- em áreas afastadas dos campos de petróleo e refinarias, utilizando óleos vegetais combustíveis extraídos de plantas florestais, substituindo o óleo diesel;
- utilizando gasogênios com a queima da lenha ou do carvão vegetal como combustível para o funcionamento de motores, além de incentivar o uso da lenha para cocção nas áreas rurais, a partir de estímulos de reflorestamento ao pequeno produtor, utilizando fogões mais eficientes.
O fato de ser um setor cujas empresas atuantes são de pequeno e médio porte, e não constituírem um grupo econômico organizado com força política relevante para a defesa de seus interesses, explica a ausência de políticas públicas, deixando o desenvolvimento tecnológico somente às empresas privadas envolvidas no setor, as quais não possuem recursos monetários suficientes para o investimento em pesquisa e desenvolvimento.